SÃO PAULO - O Ibovespa fechou julho em alta de 11,22%, sua maior alta mensal desde março, quando subiu 16,97%.
O movimento foi puxado principalmente pelo forte fluxo de capital em direção aos ativos brasileiros por conta dos juros mais baixos no mundo desenvolvido, que se conjugou à queda do risco Brasil e ao tom mais "hawkish" (agressivo, no sentido de subir ou manter juros) do nosso Banco Central. Com dinheiro sobrando lá fora, o investidor estrangeiro viu o País como uma boa forma de ganhar no spread entre os juros praticados no mundo desenvolvido e aqui.
Boa parte do aumento da liquidez internacional veio da expectativa de que os bancos centrais no mundo inteiro iriam responder com flexibilização monetária ao aumento dos riscos internacionais por causa da saída do Reino Unido da União Europeia. Por aqui, a redução de riscos é atribuída às boas sinalizações do governo Temer em relação ao ajuste fiscal e, principalmente, à mudança na maneira de condução da política monetária pelo BC comandado por Ilan Goldfajn.
Nesta sexta

Lá fora, as bolsas apresentaram um desempenho errático após o PIB (Produto Interno Bruto) dos EUA vir abaixo do esperado no segundo trimestre, o que reduz a chance de aumento de juros este ano. Ainda no radar, o banco central japonês decepcionou ao adotar menos medidas de flexibilização monetária do que o esperado.
O benchmark da bolsa brasileira teve alta de 1,13%, a 57.308 pontos. Com a alta de hoje, o índice chegou ao seu maior patamar desde 5 de maio do ano passado, quando fechou aos 58.051 pontos. O volume financeiro negociado na Bovespa foi de R$ 8,497 bilhões.
Já o dólar comercial recuou 1,63%, a R$ 3,2423 na compra e a R$ 3,2429 na venda, enquanto o dólar futuro teve queda de 1,53% a R$ 3,240 no after-market. No mercado de juros futuros, o DI para janeiro de 2018 cai 7 pontos-base a 12,83%, ao passo que o DI para janeiro de 2021 recua 9 pontos-base a 11,98% também no after-market.
Ainda no radar, o ex-presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, o ex-senador, Delcídio do Amaral e mais 5 pessoas se tornaram réus na Operação Lava Jato. Foi a primeira vez em que o líder petista tornou-se réu pela operação. A denúncia foi feita ao Supremo Tribunal Federal no começo do ano, mas foi remetida para a Justiça Federal de Brasília por determinação do ministro relator da Lava Jato na corte, Teori Zavascki, após Delcídio ser cassado e perder o foto privilegiado. O procurador da República no Distrito Federal Ivan Cláudio Marx fez acréscimos à peça inicial para ampliar a descrição dos fatos e as provas apresentadas.
Segundo o trader da H. Commcor, Ari Santos, a notícia de que Lula se tornou réu não foi a responsável pela forte alta da Bolsa. Para ele, a correção de bancos e o dado mais fraco do PIB dos EUA puxaram a alta, de modo que a questão política ficou em segundo plano.
Vale lembrar que hoje é último dia do mês, então tem formação da Ptax, evento que normalmente traz mais volatilidade ao dólar.
Entre as commodities, o minério de ferro spot com 62% de pureza e entrega no porto de Qingdao teve queda de 2,19% a US$ 59,37 a tonelada seca. Já o petróleo recuou 0,49% a US$ 42,49 o barril do Brent.
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Fonte: http://migre.me/uvpbc
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