domingo, 30 de abril de 2023

Dizer "Não" faz bem a saúde.



Você certamente já se deparou querendo dizer “Não”, mas evitou dar uma resposta negativa e, para se manter confortável, decidiu atender o pedido contra sua vontade.

A sensação é comum e está associada a diferentes fatores, incluindo o desejo por ser aceito pelo outro, ou evitar um combate filosófico ou qualquer outro stress.

Os psicólogos conhecem bem as dificuldades de relacionamento que nos cercam, incluindo certas indivíduos que não abrem mão de seu tempo ou se quer ajudam alguém, esses ficam em negação constante. Muitas vezes esses indivíduos passam por alguma depressão.

Mas contudo, uma boa parte das pessoas mesmo em estado de boa saúde, estão fisgadas por uma armadilha mental, não conseguem dizer "Não" para fazer valer seus sentimentos e sua integridade mental.

Para esses, dizer "Não" significa, deixar de atender a necessidade de alguém e isso faz com que a pessoa fique preocupada sobre como ela será vista por essa pessoa. Neste cenário a pessoa tem um pouco desse movimento de preocupação excessiva com a forma como o indivíduo é visto pelo outro.

A psicóloga Luana Ganzert, especialista em emoções, afirma que ser aceito faz parte das necessidades básicas emocionais dos indivíduos e que recusas podem interferir nesse contexto.

“Quando estamos atendendo essa necessidade básica temos medos de ser rejeitados, de não sermos amados e aceitos. Algumas pessoas, são mais sensíveis e não suportam a possibilidade de não serem aprovadas. Outras preferem evitar conflitos. Esses são os maiores motivos para que as pessoas tenham medo de dizer não”, explica.

Praticando o ato de dizer “não” sem o sentimento de culpa

A psicóloga Gislene Erbs reparou que seus pacientes tinham uma grande dificuldade em dizer “não” quando precisavam e que isso os deixava frustrados e infelizes. Ao buscar fortalecê-los emocionalmente para que pudessem estabelecer-se como prioridades para si mesmos, sentindo-se seguros para negar aquilo que não lhes interessava, Gislene entrou em contato mais profundamente com suas próprias fraquezas. Ela lembrou ocorridos, nos quais, por causa de crenças limitantes, não pôde dizer o “não” desejado e merecido, que a fizeram adoecer física e mentalmente.

O cruzamento entre suas dores e as dores dos outros, ajudou Gislene a encontrar formas de lidar com essa deficiência de sempre se colocar em segundo plano. Estes modos de agir foram compilados em um método, composto de técnicas e ferramentas estrategicamente elaboradas. Método que, após ser usado em seus pacientes e validado por eles, a psicóloga resolveu compartilhar no livro “Sim ou Não – A difícil arte de colocar-se em primeiro lugar na sua vida”, lançado neste mês.

Ela diz : “Após tantos anos trabalhando com esse método, e a pedido de muitos dos meus pacientes, resolvi colocar neste livro as bases desse método, de resultados comprovados a partir de meus muitos anos de experiência, que irão ajudar você a aumentar e melhorar sua capacidade de dizer ‘não’ de maneira adequada e justa, de modo que consiga com isso melhorar sua qualidade de vida, preservando ainda seus bons relacionamentos”, afirma a autora no início da obra.

No primeiro capítulo do livro, Gislene faz um convite a seus leitores, para que reflitam se estão colocando sua felicidade na mão dos outros e se questionem a respeito dos motivos e das consequências deste comportamento. A autora afirma que não é saudável e nem lógico sacrificar o próprio bem-estar para agradar aos outros, mas que, infelizmente, em grande parte das vezes, as pessoas fazem isso, porque não sabem dizer “Não”.

No entanto, a arte de dizer “Não” pode ser treinada e aprimorada ao longo do tempo, segundo a psicóloga. As técnicas e ferramentas apresentadas ao longo do livro têm como objetivo ajudar as pessoas nesta tarefa.

O segundo capítulo da obra trata sobre o desejo de se sentir valorizado. Segundo Gislene, é esta ambição que faz com que muitas pessoas, buscando agradar aos outros a todo custo, não consigam dizer nunca “não” às suas demandas. “Só que ao fazer isso, você pega o caminho errado e deixa de ser valorizado até mesmo por si próprio”, diz.

A obra oferece um teste com afirmações e questionamentos que ajudam a identificar certos padrões de comportamento que levam à passividade diante das exigências alheias.

A falta de coragem de dizer “não” é o tema do terceiro capítulo do livro. Com o intuito de superar essa fraqueza, Gislene destaca a importância de o leitor treinar fazer as escolhas corretas e assim elevar seu grau de tranquilidade, aumentar seu nível de saúde, buscar a qualidade dos bons relacionamentos e estimular a sua prosperidade.

Segundo a especialista, o leitor deve, nesse sentido, procurar também sempre escolher a si mesmo em primeiro lugar. “A sua felicidade começa pelo respeito a si mesmo”, afirma.

Debruçando-se sobre dilema entre dizer “sim” e dizer “não’, a autora aborda no quarto capítulo a importância do autoconhecimento para se compreender melhor os reais motivos do incômodo que muitos têm em dizer um “não” necessário.

Para Gislene, o melhor estado de espírito para iniciar o processo de autoconhecimento é entender que escolher a si mesmo em primeiro lugar não é ser necessariamente egoísta. Conforme a psicóloga, levar em conta os próprios interesses é praticar as melhores escolhas, que fazem com que se colham os melhores resultados.

A especialista explica que para poder empregar um “não” de forma correta nas mais diversas situações da vida, é preciso entender o seu verdadeiro valor, ao mesmo tempo em que se mantém um relacionamento saudável com aqueles a quem a resposta negativa foi dada.

A autora destaca como o ato de valorizar a si mesmo anda de mãos dadas com a autoestima e como esta, quando aumenta, possibilita a tomada de decisão mais assertiva, a construção de bons relacionamentos e ajuda a responsabilizar-se pelas escolhas da vida. Além disso, segundo ela, escolher a si mesmo em primeiro lugar auxilia no sentido de aumentar a autoestima, assim como a ter clareza dos motivos do seu “não”.

Para superar a dificuldade de dizer “não”, o indivíduo precisa trazer à consciência os fatores que influenciam sua tomada de decisão. O livro aborda estes fatores, que devem ser trabalhados, segundo Gislene, para que o indivíduo se sinta mais confortável com as escolhas que precisa fazer.

Entre eles estão: a falta de autoconhecimento; a impulsividade; a falta de habilidade social; a ansiedade; a baixa autoestima; o sentimento de pena; a falta de inteligência emocional; o medo da rejeição; a necessidade de autoafirmação; e a realidade de querer honrar pai e mãe.

Deve ser um compromisso de cada um compreender o verdadeiro valor de dizer 'Não' conscientemente e lidar com as suas emoções seguintes, ignorando o que outros podem sentir, já que cada um precisa amadurecer por si próprio.

Seu autoconhecimento lhe diz a você que mesmo dizendo 'sim' você não estará presente ou preparado para atuar, então seja lógico em dizer "Não" e, a pessoa a sua frente pode ainda não conhecer-se a si mesma e dizer que foi abandonada, mas com o tempo ela entenderá que não estaria acompanhada nem de si mesma e nem por você. As outras razões, que envolvem manipulação ou mentiras não valem a pena serem analisadas e merecem um belo de um 'Não' para secarem da sua vida já pela raiz.

Fontehttps://encurtador.com.br/uzPV8

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