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· O governo aumentou os impostos sobre os combustíveis, de modo a reforçar o comprometimento com o reequilíbrio fiscal. No entanto, os riscos para a meta de déficit de 2,1% do PIB (R$ 142 bilhões) em 2017 permanecem elevados, em especial quanto à efetivação de elevado montante de receitas extraordinárias. Diante disso, mantivemos nossa estimativa de déficit primário de 2,4% do PIB (R$ 155 bilhões) em 2017;
· Para 2018, revisamos nossa expectativa de déficit de 2,1% para 1,8% do PIB (R$ 131 bilhões), em linha com a meta anunciada. O maior risco para a meta do ano que vem é um crescimento econômico mais moderado do que esperamos atualmente;
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· Os principais dados econômicos avançaram em abril e maio, sinalizando uma recuperação mais disseminada da atividade econômica;
· A queda dos indicadores de confiança em junho com o cenário político mais turbulento não se refletiu nos dados brutos de atividade. Ainda assim, a perspectiva para o PIB do 2T17 é de ligeira contração;
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· Projetamos crescimento de 0,3% em 2017, e de 2,7% em 2018, consistente com uma recuperação gradual em meio à tramitação mais lenta das reformas. O avanço das reformas, em particular a da Previdência, poderia levar a uma recuperação mais forte no próximo ano. · A reforma da Previdência aguarda a finalização de sua tramitação no Congresso Nacional |
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· Houve criação líquida de 9,8 mil empregos formais em junho (segundo o Caged). Em dados dessazonalizados, a média móvel de três meses recuou de -41 mil para -16 mil e segue uma melhora gradual desde o 2T16
· Segundo dados da Pnad Contínua, a taxa de desemprego nacional atingiu 13,0% no trimestre concluído em junho, ante 13,3% no trimestre concluído em maio. Usando nosso ajuste sazonal, o desemprego recuou de 13,0% para 12,9% e continuou aproximadamente estável ao longo de 2017;
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· Tal recuo, apesar da destruição líquida de empregos formais, é explicado pelo aumento de empregados no setor privado sem carteira assinada e de trabalhadores por conta própria. Dessa forma, avaliando a perspectiva do mercado de trabalho, revisamos a trajetória da taxa de desemprego de nosso cenário.
· Revisamos a nossa projeção de taxa de câmbio para 3,35 reais por dólar ao fim de 2017 (ante 3,50) e 3,50 ao fim de 2018 (ante 3,60). Incorporamos a manutenção de um cenário internacional benigno nos próximos meses, preços de commodities em média mais elevados e enfraquecimento do dólar contra várias moedas. Internamente, no entanto, as incertezas acerca de um cenário de ajustes e reformas devem persistir, pressionando o prêmio de risco |
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· O impacto da alta de impostos sobre combustíveis – acima do esperado – mais do que compensou os efeitos de baixa da revisão no cenário para taxa de câmbio e da inflação mais favorável na margem. Para este ano, elevamos ligeiramente a projeção para a inflação (IPCA) de 3,3% para 3,4%;
· Para o ano de 2018, mantivemos a projeção para a inflação em 4,0%. A projeção para o próximo ano, em nível abaixo da meta, terá como principal determinante o efeito do hiato do produto em terreno negativo, aliado à menor inércia a ser gerada pela inflação deste ano e à ancoragem das expectativas de inflação em relação às metas. |
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· Em sua reunião de julho, o Comitê de Politica Monetária (Copom) fez o que se esperava: um corte de 1,00 ponto percentual, levando a taxa básica de juros, a Selic, para 9,25% a.a. Isso marca o retorno da taxa Selic ao nível de um dígito pela primeira vez desde novembro de 2013;
· A ata da reunião de julho sugere que o debate dentro do comitê sobre o corte a ser anunciado na próxima reunião continua limitado a um intervalo entre 0,75 e 1,00 p.p e também confirmou a indicação do comunicado de que o cenário-base é de um corte de 1,00 p.p. setembro;
· Depois disso, levando em conta o estágio do ciclo, é provável que o comitê desacelere o ritmo de flexibilização para 0,50 p.p. por reunião, levando a Selic a 7,25% no fim do ano |
Fonte: Itau.com.br
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