domingo, 6 de agosto de 2017


Há vários aplicativos e ferramentas sociais que incorporam em nossas vidas. Esses apps invadem nosso espaço com uma carinha bonitinha. Mas cuidado , eles são grandes sugadores de atenção. 

Sim, sua atenção é o que eles querem. 

Na China ha poucos aplicativos disponíveis nos celulares dos chineses um deles é o WeChat que faz tudo até chamar táxi, outros aplicativos como Uber e Facebook não foram permitidos neste país. Seria paranoia dos chineses ou outrora uma previsão do que essa enxurrada de aplicativos poderiam trazer as pessoas. Você aceita que estranhos entrem em sua casa ? E, em seu celular ? Bom, a China não aceitou. 

Um professor norte-americano de nome Tim Wu lançou um livro "The Attention Merchants" ( os mercadores da atenção), traz uma descrição poderosa da história dessa nova e insólita fronteira do capitalismo. 

Por mais brilhante que seja seu livro, Wu sugere soluções simplistas. Ele defende a criação de períodos de desconexão como fins de samana mas, contudo, essa exploração da atenção só poderá ser transformada quando a questão for tratada do ponto de vista coletivo. A atenção humana é hoje a matéria-prima mais barata de toda a cadeia criada para exploração desta. Devemos fazer com que se torne mais cara, revertendo seu processo de barateamento. 

Isso pode ocorrer se cada pessoa puder exigir mais em troca de sua atenção, coisa que a Geração Y já começou a fazer. O navegador "Brave Browser" desenvolvido pela Google quantifica tudo aquilo em que o usuário presta atenção e remunera o usuário com Bitcoins e outras moedas virtuais. 

Iniciativas como essa são sinais da valorização que esta ocorrendo em favor de nosso tempo perdido a procura de informação desnecessária. Focar uma informação não causa fadiga, navegar perdidamente atrás de sensações isto sim pode viciar e causar fadiga. A fadiga das telas afinal é provocada justamente por nossa incapacidade de nos livrarmos delas. Trata-se de um problema não apenas social mas também espiritual. 

A materialidade do corpo e da consciência está cada vez mais subjugada por sistemas abstratos que operam por meio da tecnologia e nos condicionam a agir conforme seus desígnios internos, minando o livre-arbítrio. 

É notório o sucesso da escola - Waldorf School of the Peninsula - no Vale do Silício, na qual três quartos dos estudantes são filhos de profissionais da área de tecnologia. 
Em vez de computadores, celulares e tablets, a instituição é equipada com carteiras de madeira , papel sulfite, lápis, agulhas de tricô, muita areia e barro. Não há tela à vista.

Lei mais sobre o assunto em: https://goo.gl/6hL7jP

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